Indicação Como se preparar para o procedimento Exames Pré-operatórios Como é o procedimento Anestesia Período de Internação Cicatriz Curativos Pontos Recuperação Pós-Cirúrgica Evolução Pós-Cirúrgica Outros Detalhes Riscos Potenciais Benefícios
A abdominoplastia e a miniabdominoplastia são cirurgias que envolvem a retirada de determinadas quantidades de pele e gordura da região do abdome para ter um abdome mais bonito.
A abdominoplastia envolve uma cicatriz horizontal logo acima dos pelos pubianos, que vai até a porção mais lateral do abdome, assim como uma pequena cicatriz ao redor do umbigo, planejada para ficar disfarçada dentro do próprio umbigo.
Já a miniabdominoplastia envolve uma cicatriz com menor extensão e sem nenhuma cicatriz no umbigo.
Tanto a abdominoplastia como a miniabdoiminoplastia podem ser complementadas com a lipoaspiração, para obtenção de um contorno abdominal mais harmonioso. Neste caso, a técnica cirúrgica é chamada de lipoabdominoplastia.
Um exame físico detalhado para quantificar os excessos de pele e gordura é necessário para avaliar qual a melhor técnica cirúrgica.
Uma das principais preocupações na abdominoplastia é como ficará o aspecto do umbigo. Para saber melhor a respeito sobre a cirurgia plástica do umbigo, clique aqui .
As indicações para abdominoplastia incluem as pacientes que se encontram insatisfeitas com a aparência do seu abdome devido à má distribuição de gordura, flacidez de pele, abaulamentos ou deformidades da região.
Esta cirurgia está indicada em pacientes que apresentam excesso de pele moderado a grave na região inferior do umbigo, podendo ou não apresentar uma pele pendurada na região (abdome em avental).
Outra indicação da abdominoplastia é para pacientes que sofrem com uma flacidez moderada de pele na parte superior do umbigo, a qual pode até mesmo provocar dobras de pele na região. É comum que estes pacientes também tenham um abaulamento no local.
Outra possível indicação da abdominoplastia é a presença de cicatrizes na região abdominal. Muitas alterações no abdome são causadas pela gravidez, perdas de peso, desenvolvimento de estrias ou ganho de cicatrizes ou irregularidades produzidas por cirurgias ou traumas na região do abdome. Idealmente pacientes candidatas a abdominoplastia devem apresentar um Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 35 Kg/m2 (Para calcular seu IMC clique aqui ).
Figura mostrando alterações estéticas na região abdominal, com flacidez moderada e dobras de pele acima do umbigo, indicativas de uma abdominoplastia.
Já as indicações para a miniabdominoplastia são mais restritas. Segundo estudo científico publicado em 2019 na revista da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, as características de uma boa paciente para esta cirurgia são: pacientes que estão com peso um pouco acima ou próximo do normal, excesso de pele abaixo do umbigo leve a moderado, excesso de pele acima do umbigo mínimo e posição inicial do umbigo um pouco alta, ligeiramente acima da linha horizontal que divide o tronco ao meio. (1)
Figura mostrando pequena flacidez de pele na região abdominal, sem dobras de pele, indicativas de uma miniabdominoplastia.
A lipoabdominoplastia é indicada quando a paciente apresenta alterações sugestivas de indicação abdominoplastia associada a presença de gorduras localizadas na região abdominal, como nos flancos e no abdome superior.
Além disso, é importante avaliar se o(a) paciente está em condições para realizar a cirurgia com segurança . Também é importante avaliar se o(a) paciente está bem do ponto de vista psicológico para fazer o procedimento.
O(a) paciente deve passar em consulta com o dr. Juan Montano , realizar exames pré-operatórios, assim como definir um hospital de sua escolha e data do procedimento para o agendamento da sua cirurgia. É necessário jejum antes da cirurgia.
Também é preciso evitar o uso de certos medicamentos que podem aumentar o risco de sangramento, como aspirina, cerca de 7 dias antes da cirurgia. Alguns medicamentos, como a sibutramina, precisam ser suspensos 15 dias antes da cirurgia. Para uma lista completa dos medicamentos a serem evitados, clique aqui .
Convém não fumar nem usar anticoncepcionais orais pelo menos 1 mês antes da cirurgia. Outras recomendações para a preparação para cirurgia podem ser obtidas aqui
É possível que seja recomendado para a(o) paciente o uso de um suplemento alimentar chamado IMPACT®, da Nestle. Trata-se de um suplemento alimentar que contém proteínas, vitaminas e minerais que deve ser tomado na dose de 500 ml ao dia, iniciando-se 7 dias antes da cirurgia. Estudos de revisão demonstraram que tal suplemento reduziu infecções cirúrgicas, tempo de internação hospitalar e taxas de readmissão no hospital. (2) Para maiores informações sobre este suplemento, clique aqui.
Checklist para a véspera e o dia da cirurgia:
o Jejum. Para ver o tempo apropriado de jejum, clique aqui.
o Caso tenha consulta na véspera da cirurgia para a marcação, leve um traje de banho que goste de usar para ajudar a fazer a marcação cirúrgica.
o Não ingerir bebidas alcóolicas na véspera da cirurgia
o Trazer todos os seus exames
o Trazer sua medicação habitual
o Vestir a meia anti-trombose
o Trazer a cinta/malha (caso não a tenha adquirido conosco)
o Trazer objetos de higiene pessoal (escova de dente, escova de cabelo, etc), chinelo e uma roupa confortável (blusas largas com botão na frente, calças largas) e fácil de vestir para quando for de alta
o Não levar jóias ou outros objetos de metal
o Não usar maquiagem/esmalte
o Não usar megahair ou qualquer aplique no cabelo/cílios
o Tomar sua medicação normalmente com o mínimo de água (salvo se foi alertado algo ao contrário em consultas prévias)
o Internar 2h antes da cirurgia
Em geral, para esta cirurgia solicitam-se os seguintes exames: exames de sangue (hemograma, coagulograma, sódio, potássio, creatinina, glicemia, proteína C reativa, homocisteína, anticoagulante lúpico, ferritina), exame de urina, Raio-X de tórax e eletrocardiograma. É comum também a solicitação de um ultrassom de abdome e da parede abdominal.
Quando a lipoabdominoplastia é indicada o procedimento se inicia através da lipoaspiração da região abdominal. As incisões da lipoaspiração são feitas na pele que será depois retirada durante a abdominoplastia, assim o(a) paciente não fica com cicatrizes da lipoaspiração. Para mais detalhes sobre a técnica de lipoaspiração, clique aqui . Após a realização da lipoaspiração, o procedimento de abdominoplastia é começado.
A abdominoplastia começa através de um corte horizontal logo acima dos pelos pubianos, que vai até a porção mais lateral do abdome (Figura 1). A pele e o tecido gorduroso abaixo da pele são descolados até a altura do umbigo. O umbigo é solto da pele, preservando o seu coto original (Figura 2).
O descolamento da pele prossegue até atingir o nível próximo da altura das costelas, expondo assim todo o tecido que envolve a musculatura do abdome chamado aponeurose. A aponeurose geralmente está mais frágil, fazendo com que os dois feixes de músculos da parte central do abdome fiquem mais separados um do outro. Esta separação é chamada de diástase dos músculos reto-abdominais e pode ser uma das causas do chamado “estômago alto”.
Vários pontos são feitos na aponeurose para reaproximar a musculatura, corrigindo a separação que ocorre entre os músculos e deixando assim um abdome mais “chapado” (Figura 3).
O excesso de pele que se encontra entre o corte e a altura do umbigo é puxado para baixo e retirado. A pele do abdome que fica é então costurada junto ao primeiro corte da cirurgia (Figura 4).
Uma nova abertura para o umbigo é feita na pele (Figura 4). A pele ao redor desta abertura é costurada no coto do umbigo original (Figura 5). Ao término da cirurgia é comum colocar um dreno. O tempo cirúrgico é de cerca de 4 horas.
Figura 1 Incisão da abdominoplastia
Figura 2 Descolamento da pele e soltura do umbigo
Figura 3 Correção da diástase dos músculos retoabdominais
Figura 4 Remoção do excesso de pele
Figura 5 Fechamento da abdominoplastia
A miniabdominoplastia é iniciada através de um corte horizontal logo acima dos pelos pubianos e tem menor extensão que a cicatriz da abdominoplastia (Figura 1).
Como na abdominoplastia, a pele e o tecido gorduroso abaixo da pele são descolados até a altura do umbigo, porém, diferente da abdominoplastia, na miniabdominoplastia o umbigo não é cortado da pele (Figura 2).
O coto do umbigo que o prende na musculatura é solto. O descolamento da pele prossegue até atingir o nível próximo da altura das costelas, expondo assim todo o tecido que envolve a musculatura do abdome chamado aponeurose.
A aponeurose geralmente está frágil, fazendo com que os dois feixes de músculos da parte central do abdome fiquem mais separados um do outro. Esta separação é chamada de diástase dos músculos reto-abdominais e pode ser uma das causas do chamado “estômago alto”.
Vários pontos são feitos na aponeurose para reaproximar a musculatura, corrigindo a separação que ocorre entre os músculos abdominais e deixando assim um abdome mais “chapado” (Figura 3).
O umbigo é novamente refixado por baixo na musculatura e o excesso de pele que existe próximo do corte original é puxado para baixo e retirado (Figura 4).
A incisão é costurada (Figura 5). Ao término da cirurgia é comum colocar um dreno. O tempo cirúrgico é de cerca de 4 horas.
Figura 1 Incisão da miniabdominoplastia
Figura 2 Descolamento da pele da miniabdominoplastia
Figura 3 Correção da diástase dos músculos retoabdominais da miniabdominoplastia
Figura 4 Puxamento e Remoção do excesso de pele da miniabdominoplastia
Figura 5 Fechamento da miniabdominoplastia
Tanto na abdominoplastia como na miniabdominoplastia, anestesia geral. Para maiores informações sobre anestesia, clique aqui .
Tanto na abdominoplastia como na miniabdominoplastia, 24 horas.
A abdominoplastia envolve uma cicatriz horizontal logo acima dos pelos pubianos, que vai até a porção mais lateral do abdome, assim como uma pequena cicatriz no umbigo, planejada para ficar disfarçada dentro do próprio umbigo.
Já a mini-abdominoplastia envolve uma cicatriz com menor extensão e sem nenhuma cicatriz no umbigo.
Tanto na abdominoplastia como na miniabdominoplastia, um curativo impermeável é colocado e permanecerá sem necessidade de troca por 1 semana, sendo realizados curativos simples nas 2 semanas seguintes, seguido do uso de uma placa de silicone por três meses.
É recomendado passar na pele um produto chamado bio-oil já nos primeiros dias após a cirurgia. Também é importante que a paciente faça uso da cinta/malha cirúrgica.
Na maioria dos casos não há retirada de pontos na cicatriz horizontal, apenas na região umbilical na técnica de abdominoplastia, os quais são retirados com 1 a 2 semanas.
Tanto na abdominoplastia como na miniabdominoplastia, um dreno poderá ser usado, o qual é geralmente retirado 5 a 7 dias após a cirurgia.
Tanto na abdominoplastia como na miniabdominoplastia e lipoabdominoplastia, é importante manter um repouso relativo por 2 a 3 semanas, podendo fazer apenas pequenas caminhadas dentro de sua residência.
Neste período o(a) paciente deverá evitar esforços físicos, dirigir, dormir de bruços, expor-se desnecessariamente ao ambiente externo. O paciente deverá andar curvado, com ligeira flexão do tronco, mantendo passos curtos. Alguns cuidados devem ser tomados para sair e se deitar na cama. .
Já é possível tomar banho no dia seguinte a cirurgia. Drenagens linfáticas são recomendadas no período pós-operatório. Atividade física leve deve ser iniciada somente após 30 dias e atividades mais intensas após 2 a 3 meses. Exposição ao sol é apenas recomendada após 3 meses da cirurgia.
Orienta-se que o paciente pratique alguns exercícios respiratórios, para evitar complicações. Exercícios para ativar a circulação das pernas também são recomendados. Também se recomenda que o paciente faça uma alimentação balanceada .
Recomenda-se evitar dormir de bruços nos primeiros 30 dias após a cirurgia. Para dormir orienta-se colocar almofadas/travesseiros nas costas, ajudando a elevar o tronco, e por baixo dos joelhos, para levantar as pernas e não forçar a cicatriz.
Figura mostrando posição adequada para dormir no pós-operatório da abdominoplastia.
Caso queira, o paciente poderá adquirir um colchão Pós-Cirúrgico / Pós-operatório, como o ilustrado abaixo.
Pode haver inchaço, equimoses (pele de cor roxa) e leve desconforto nas primeiras duas semanas. A cicatriz cirúrgica passa por diferentes fases:
A) Período imediato: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo.
B) Período mediato: Vai do 30º dia até o 12º mês. Neste período haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade de sua cor, passando de “vermelho” para o “marrom”, que vai, aos poucos, clareando.
C) Período tardio: Vai do 12º ao 18º mês. Neste período, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente.
Pode haver redução da sensibilidade da pele do abdome, a qual tende a se recuperar ao longo dos meses. O resultado definitivo da cirurgia é apenas obtido após 12 meses da cirurgia.
Mesmo após uma gravidez, é possível que os resultados obtidos com a abdominoplastia ou miniabdominoplastia sejam preservados, principalmente se houver um bom controle do peso durante essa fase. Entretanto, recomenda-se que a paciente não tenha mais planos de ter filhos antes de se submeter a esta cirurgia.
Em pacientes pós-bariátricos (pós cirurgia de redução de estômago), e que evoluíram com grande perda de peso, o excesso de pele na região abdominal pode ser abundante e levar a necessidade de uma retirada de pele tanto no sentido vertical como no horizontal, configurando a chamada abdominoplastia “em âncora”, nome dado devido ao desenho da marcação lembrar a figura de uma âncora.
Nesta cirurgia o novo umbigo é feito de forma diferente. Pequenos retângulos de pele são feitos próximos do excesso de pele vertical que será retirado e o novo umbigo é feito com estes retângulos de pele. Desta forma, a cicatriz ao redor das laterais do umbigo é inexistente e o aspecto final do umbigo é melhor.
Figura ilustrando como o umbigo é confeccionado em uma abdominoplastia em âncora.
Alguns pacientes pós-bariátricos podem apresentar também sobras de pele abundantes nas laterais do abdome que se estendem para a região posterior, no dorso do paciente. Tais pacientes frequentemente apresentam também uma queda da região do bumbum.
Em tais casos costuma-se indicar uma abdominoplastia em que o corte se estende para as laterais até se unir no meio das costas, removendo um grande excesso de pele em toda a circunferência do paciente. Isso também ajuda a melhorar a queda do bumbum. Este tipo de abdominoplastia é chamado de abdominoplastia circunferêncial.
Figura ilustrando a marcação das incisões da abdominoplastia circunferencial.
Em estudo de revisão que analisou 17 estudos envolvendo 14.061 pacientes adultos submetidos a abdominoplastia, 5,6% apresentaram infecção da ferida, deiscência (abertura de pontos) ou necrose gordurosa; 4,1% desenvolveram seroma (acúmulo de líquido abaixo da pele); 0,8% apresentaram hematoma; 0,7% apresentaram deformidade na cicatriz e 0,2% desenvolveram trombose venosa profunda (3).
Em estudo envolvendo 46 pacientes submetidos a abdominoplastia, sendo muitos pacientes com quadro de sobrepeso ou obesidade, cerca de 97% afirmaram terem ficado satisfeitos com o resultado da cirurgia e disseram que escolheriam fazer a cirurgia novamente (4).
1. Wan, Dinah M.D.; Hubbard, Bradley A. M.D.; Byrd, H. Steve M.D. Achieving Aesthetic Results in the Umbilical Float Mini-Abdominoplasty: Patient Selection and Surgical Technique, Plastic and Reconstructive Surgery: March 2019 – Volume 143 – Issue 3 – p 722-
2. Knackstedt R, Oliver J, Gatherwright J. Evidence-Based Perioperative Nutrition Recommendations: Optimizing Results and Minimizing Risks. Plast Reconstr Surg. 2020 Aug;146(2):423-435. Doi: 10.1097/PRS.0000000000007004. PMID: 32740600.
3. Xia Y, Zhao J, Cao DS. Safety of Lipoabdominoplasty Versus Abdominoplasty: A Systematic Review and Meta-analysis. Aesthetic Plast Surg. 2019 Feb;43(1):167-174. Doi: 10.1007/s00266-018-1270-3. Epub 2018 Dec 3. PMID: 30511162.
4. Hammond DC, Chandler AR, Baca ME, Li YK, Lynn JV. Abdominoplasty in the Overweight and Obese Population: Outcomes and Patient Satisfaction. Plast Reconstr Surg. 2019 Oct;144(4):847-853. Doi: 10.1097/PRS.0000000000006018. PMID: 31568289.
Publicado em: 31/10/2022
Revisado em: 31/10/2022
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