Indicação da blefaroplastia (cirurgia plástica das pálbebras) Como se preparar para o procedimento da blefaroplastia (cirurgia plástica das pálbebras) Exames Pré-operatórios da blefaroplastia (cirurgia plástica das pálbebras) Como é o procedimento da blefaroplastia (cirurgia plástica das pálbebras) Anestesia Período de Internação Cicatriz Curativos Pontos Recuperação Pós-Cirúrgica da blefaroplastia (cirurgia plástica das pálbebras) Evolução Pós-Cirúrgica da blefaroplastia (cirurgia plástica das pálbebras) Outros Detalhes Riscos da blefaroplastia (cirurgia plástica das pálbebras) Potenciais Benefícios da blefaroplastia (cirurgia plástica das pálbebras)
Fatores como idade, exposição ao sol, problemas emocionais, entre outros, poderão deixar sua marca no território das pálpebras. A cirurgia plástica das pálpebras procura corrigir os excessos de pele e gordura assim como a flacidez muscular da região das pálpebras.
Pacientes com presença de excessos de pele na região das pálpebras, tanto nas pálpebras superiores como inferiores, assim como saliência das bolsas gordurosas, podem ser candidatos a realização de uma blefaroplastia. Não há uma idade ideal para realização desta cirurgia, o que importa é o quadro de flacidez que o paciente apresenta.
Figura mostrando o envelhecimento que ocorre nas pálpebras. A esquerda, lado da face envelhecida, a direita, lado da face jovial.
O excesso de pele da pálpebra pode ser classificado em quatro graus (1):
A, Normal: a pele da pálpebra superior não está tocando os cílios.
B, Leve: a pele da pálpebra superior está tocando os cílios.
C, Moderado: a pele da pálpebra superior fica pendurada sobre os cílios.
D, Grave: a pele da pálpebra superior fica pendurada sobre o olho.
Figura ilustrando os graus de excesso de pele nas pálpebras.
Pacientes com grau leve, moderado ou grave de excesso de pele da pálpebra podem ser candidatos a uma blefaroplastia.
Pacientes com olhos jovens não apresentam pregas de pele nos olhos. No entanto, com o envelhecimento, pode ocorrer a formação de uma prega de pele na lateral do olho, que pode cair aos poucos. O aparecimento desta prega também pode ser uma indicação de blefaroplastia. (2)
Figura ilustrando diferentes graus de queda da prega na lateral do olho.
Além disso, é importante avaliar se o(a) paciente está em condições para realizar a cirurgia com segurança . Também é importante avaliar se o(a) paciente está bem do ponto de vista psicológico para fazer o procedimento.
O(a) paciente deve passar em consulta com o dr. Juan Montano , realizar exames pré-operatórios, assim como definir um hospital de sua escolha e data do procedimento para o agendamento da sua cirurgia. É necessário jejum antes da cirurgia.
Também é preciso evitar o uso de certos medicamentos que podem aumentar o risco de sangramento, como aspirina, cerca de 7 dias antes da cirurgia. Alguns medicamentos, como a sibutramina, precisam ser suspensos 15 dias antes da cirurgia. Para uma lista completa dos medicamentos a serem evitados, clique aqui .
Convém não fumar nem usar anticoncepcionais orais pelo menos 1 mês antes da cirurgia. Outras recomendações para a preparação para cirurgia podem ser obtidas aqui .
Checklist para a véspera e o dia da cirurgia (com anestesia local e sedação ou anestesia geral no hospital):
o Jejum. Para ver o tempo apropriado de jejum, clique aqui.
o Não ingerir bebidas alcóolicas na véspera da cirurgia
o Trazer todos os seus exames
o Trazer sua medicação habitual
o Vestir a meia anti-trombose
o Trazer objetos de higiene pessoal (escova de dente, escova de cabelo, etc), chinelo e uma roupa confortável (blusas largas com botão na frente, calças largas) e fácil de vestir para quando for de alta
o Trazer óculos escuros
o Não levar jóias ou outros objetos de metal
o Não usar maquiagem/esmalte
o Não usar megahair ou qualquer aplique no cabelo/cílios
o Tomar sua medicação normalmente com o mínimo de água (salvo se foi alertado algo ao contrário em consultas prévias)
o Internar 2h antes da cirurgia
Em geral, para esta cirurgia solicitam-se os seguintes exames: exames de sangue (hemograma, coagulograma, sódio, potássio, creatinina, glicemia, proteína C reativa, Beta HCG), exame de urina, Raio-X de tórax e eletrocardiograma.
São feitas injeções nas pálpebras com anestesia local e cortes para remoção dos excessos de pele.
Figura mostrando locais dos cortes para Blefaroplastia (a linha tracejada mais abaixo próximo da bochecha não é um local de corte, apenas está mostrando a possível extensão do descolamento da cirurgia)
As bolsas de gordura são identificadas e seu excesso removido. Na pálpebra inferior podem ser feitos procedimentos adicionais para um melhor resultado estético, como movimentação do músculo da pálpebra, preenchimento com gordura e reforço no ligamento da pálpebra. São feitas suturas para o fechamento dos cortes. A cirurgia dura em torno de 2 horas.
Figura mostrando retirada da bolsa de gordura na blefaroplastia
Ela pode ser feita com anestesia local e sedação ou com anestesia geral. Para maiores informações sobre anestesia, clique aqui .
De 8h a 12h, em alguns casos 24h.
Sendo a pele das pálpebras de espessura muito fina, as cicatrizes tendem a ficar praticamente disfarçadas e imperceptíveis nos sulcos da pele.
Apenas compressas frias nos olhos nos primeiros três a cinco dias.
Os pontos são retirados com 7 dias.
Já é possível o banho no primeiro dia após a cirurgia. Exercícios para ativar a circulação das pernas são recomendados. Recomenda-se um período de duas semanas de repouso relativo. A utilização de compressas frias para diminuir o inchaço é recomendada nos primeiros dias. O uso de óculos escuros poderá ser útil nas duas primeiras semanas. Atividade física deve ser iniciada somente após 30 dias. Exposição ao sol é apenas recomendada após 3 meses da cirurgia.
O edema (inchaço) dos olhos varia de paciente para paciente, assim como a presença de pele de cor roxa (equimose). Existem aqueles(as) que já no 8º dia apresentam-se com um aspecto bastante natural. Outros irão atingir este resultado mais tardiamente.
Mesmo assim, os 8 primeiros dias do pós-operatório são aqueles em que existe maior “inchaço” das pálpebras, assim como sensação de coceira e dificuldade visual. (3) Somente após o 3º mês é que poderemos dizer que o inchaço residual é discreto. O resultado definitivo pode ser considerado após 6 a 12 meses da cirurgia.
A remoção das bolsas de gordura da pálpebra inferior pode ser feita pela conjuntiva, oferecendo um trauma menor na pele da pálpebra. Os chamados pés de galinha não são tratados com esta cirurgia, sendo nesse caso indicada a aplicação de toxina botulínica (botox).
Procedimentos adicionais nas pálpebras inferiores, como suspensão da musculatura da região assim como a aplicação de gordura podem ser necessárias para um melhor resultado estético. Dependendo do grau de frouxidão do ligamento da pálpebra inferior, técnicas para sustentação deste ligamento podem ser indicadas.
Estudos estimaram o risco de complicações na blefaroplastia em 3,8% a 12,7% dos casos (4). Além dos riscos inerentes a todo e qualquer procedimento cirúrgico, a blefaroplastia apresenta ainda os seguintes riscos: inchaço persistente, hematoma, infecção, necrose, quemose (inchaço da conjuntiva), lesão da musculatura de controle de movimento ocular, perda de cílios, assimetrias, retrações das pálpebras, olho seco. Complicações gravíssimas da blefaroplastia, como perda visual, foram estimadas em apenas 0,0045% (5).
Pacientes com expectativas realistas tendem a ficar muito satisfeitos, com maior jovialidade na região das pálpebras e impactos positivos na qualidade de vida e autoestima.
Em estudo realizado com 46 pacientes submetidas a blefaroplastia, 44 pacientes relataram uma influência positiva em seu bem-estar pessoal e 33 estavam mais satisfeitos com sua aparência (acompanhamento de 3-95 meses; média de 48,5 meses); 20 se sentiram mais autoconfiantes e 25 se sentiram mais atraentes (6).
1. Jacobs LC, Liu F, Bleyen I, Gunn DA, Hofman A, Klaver CC, Uitterlinden AG, Neumann HA, Bataille V, Spector TD, Kayser M, Nijsten T. Intrinsic and extrinsic risk factors for sagging eyelids. JAMA Dermatol. 2014 Aug;150(8):836-43. Doi: 10.1001/jamadermatol.
2. Rossi Santos Silva, Kennedy MD, MS; Cardoso Rossi, Débora PhD; Petroianu, Andy MD, PhD A New Classification of the Lateral Dermatochalasis of Upper Eyelids, Plastic and Reconstructive Surgery – Global Open: July 2021 – Volume 9 – Issue 7 – p e3711 doi: 10
3. Parbhu KC, Hawthorne KM, McGwin G Jr, Vicinanzo MG, Long JA. Patient experience with blepharoplasty. Ophthalmic Plast Reconstr Surg. 2011 May-Jun;27(3):152-4. doi: 10.1097/IOP.0b013e3181eea7d7. PMID: 20924304.
4. Pacella, Salvatore J. M.D., M.B.A.; Codner, Mark A. M.D. Minor Complications after Blepharoplasty: Dry Eyes, Chemosis, Granulomas, Ptosis, and Scleral Show, Plastic and Reconstructive Surgery: February 2010 – Volume 125 – Issue 2 – p 709-718 doi: 10.1097/
5. Lelli, Gary J. Jr M.D.; Lisman, Richard D. M.D. Blepharoplasty Complications, Plastic and Reconstructive Surgery: March 2010 – Volume 125 – Issue 3 – p 1007-1017 doi: 10.1097/PRS.0b013e3181ce17e8
6. Papadopulos NA, Hodbod M, Henrich G, Kovacs L, Papadopoulos O, Herschbach P, Machens HG. The Effect of Blepharoplasty on Our Patient’s Quality of Life, Emotional Stability, and Self-Esteem. J Craniofac Surg. 2019 Mar/Apr;30(2):377-383. Doi: 10.1097/SCS.00
Publicado em: 31/10/2022
Revisado em: 31/10/2022
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