Indicação Como se preparar para o procedimento Exames Pré-operatórios Como é o procedimento Anestesia Período de Internação Cicatriz Curativos Pontos Recuperação Pós-Cirúrgica Evolução Pós-Cirúrgica Riscos Potenciais Benefícios
Devido a rápida perda de peso em excesso, é comum que pacientes submetidos a cirurgia bariátrica (cirurgia de redução do estômago) desenvolvam uma série de deformidades no contorno corporal devido às sobras de pele, inclusive nas mamas.
Ginecomastia é uma proliferação benigna do tecido glandular da mama nos homens. O termo é derivado das palavras gregas ‘gineco’ (mulher) e ‘mastos’ (mama). A ginecomastia deve ser diferenciada da pseudoginecomastia (ou seja, lipomastia), que é a deposição de gordura em excesso e não de tecido mamário.
A ginecomastia pode ser fisicamente desconfortável, psicologicamente angustiante e pode ter um impacto negativo na autoconfiança e na imagem corporal (1).
A ginecomastia mostra uma gradação de diferentes tipos clínicos que vão desde a simples protrusão das aréolas até mamas com aparência completamente feminina.
Embora em pacientes pós-bariátricos o desenvolvimento de ginecomastia é provavelmente resultante da grande perda de peso e a consequente flacidez de pele e gordura localizada, é necessário investigar se outras doenças poderiam estar envolvidas no desenvolvimento da ginecomastia, tais como doenças sistêmicas, uso de medicamentos e doenças endócrinas. A lista abaixo contém possíveis doenças causadoras de ginecomastia. Caso não seja encontrada uma causa específica, o tratamento cirúrgico da ginecomastia pós-bariátrica poderá ser indicado.
• Idiopática (sem causa definida)
• Medicamentos
• Deficiência primária de testosterona (particularmente síndrome de Klinefelter)
• Deficiência secundária de testosterona
• Hipertireoidismo
• Neoplasias (Câncer)
– Testicular: tumores de células de Leydig ou Sertoli
– Adrenal: tumores secretores de androgênio ou estrogênio
– Produção ectópica do hormônio hCG
• Causas hepáticas
• Causas renais
• Causas raras
– Defeitos enzimáticos na produção de testosterona
– Síndromes de insensibilidade a andrógenos
– Hermafroditismo verdadeiro
– Atividade extra-glandular de aromatase excessiva
• Substâncias poluentes ambientais
Vários medicamentos foram identificados como causadores ou fortemente associados ao desenvovimento de ginecomastia. A lista abaixo contém tais medicamentos, segundo diretriz da Academia Européia de Andrologia.
• Anti-andrógenos: Flutamida, bicalutamida, Finasterida, dutasterida, Espironolactona Eplerenona, Cetoconazol
• Medicamentos Anti-úlcera: Cimetidina, Ranitidina, Inibidores da bomba de prótons
• Drogas psicoativas: Haloperidol, Fenotiazinas
• Drogas de abuso: álcool
• Hormônios: Estrógenos, clomifeno, hCG
• Outros: Metroclopramida, Terapia antiretroviral
Na avaliação da ginecomastia é importante examinar os testículos, para descartar a presença de um tumor palpável, assim como palpar a tireóide e a região abdominal. Já o exame das mamas tem dois objetivos principais:
a) diferenciar entre ginecomastia verdadeira (aumento da glândula mamária) e a pseudoginecomastia (apenas acúmulo de gordura na mama) e
b) excluir carcinoma da mama.
Na ginecomastia verdadeira um tecido fibroelástico na forma de um disco, correspondente a glândula mamária aumentada, é palpável atrás da aréola, já na pseudoginecomastia apenas palpa-se a gordura localizada nas duas mamas, sem a presença de tecido fibroelástico atrás das aréolas. A ginecomastia verdadeira é bilateral em cerca de 50% dos casos.
Quanto ao carcinoma da mama, este é normalmente sentido como uma massa dura em apenas uma das mamas, geralmente localizado fora da área da aréola. O carcinoma de mama pode estar ocasionalmente acompanhado por alterações da pele (pele tipo casca de laranja, ulceração), retração ou sangramento do mamilo e gânglios aumentados na axila.
Figura ilustrando palpação da mama na avaliação da ginecomastia. Na ginecomastia verdadeira, um tecido fibroelástico é palpável atrás de cada aréola.
A lista abaixo contém os exames recomendados segundo a diretriz da Academia Européia de Andrologia para investigar causas específicas de ginecomastia.
• Hormônios: Hormônio Luteinizante (LH), Hormônonio Folículo Estimulante (FSH), Testosterona, Estradiol (E2), Globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG)
• Beta HCG (b-hCG)
• Hormônio Tireoestimulante (TSH)
• Prolactina
• Função hepática: transaminase oxalacética (TGO), transaminase pirúvica (TGP), albumina
• Função renal: creatinina, ureia
• Ultrassonografia testicular
Caso os exames sejam normais e não seja detectada nenhuma causa aparente para o desenvolvimento da ginecomastia além do quadro de grande emagrecimento, o tratamento cirúrgico da ginecomastia poderá ser indicado, principalmente se o quadro estiver associado a sofrimento psicológico ou constrangimento causado por evitar atividades nas quais o tórax fica exposto. Recomenda-se aguardar pelo menos um ano da cirurgia bariátrica e a estabilidade do peso antes de se iniciar o tratamento com cirurgias plásticas. Considera-se peso estável uma variação inferior a 5 Kg no peso por pelo menos 6 meses.
Além disso, é importante avaliar se o(a) paciente está em condições para realizar a cirurgia com segurança . Também é importante avaliar se o(a) paciente está bem do ponto de vista psicológico para fazer o procedimento.
O paciente deve passar em consulta com o dr. Juan Montano , realizar exames pré-operatórios, assim como definir um hospital de sua escolha e data do procedimento para o agendamento da sua cirurgia. É necessário jejum antes da cirurgia.
Também é preciso evitar o uso de certos medicamentos que podem aumentar o risco de sangramento, como aspirina, cerca de 7 dias antes da cirurgia. Alguns medicamentos, como a sibutramina, precisam ser suspensos 15 dias antes da cirurgia. Para uma lista completa dos medicamentos a serem evitados, clique aqui .
Convém não fumar pelo menos 1 mês antes da cirurgia. Outras recomendações para a preparação para cirurgia podem ser obtidas aqui .
É possível que seja recomendado para a(o) paciente o uso de um suplemento alimentar chamado IMPACT®, da Nestle . Trata-se de um suplemento alimentar que contém proteínas, vitaminas e minerais que deve ser tomado na dose de 500 ml ao dia, iniciando-se 7 dias antes da cirurgia. Estudos de revisão demonstraram que tal suplemento reduziu infecções cirúrgicas, tempo de internação hospitalar e taxas de readmissão no hospital. (2) Para maiores informações sobre este suplemento, clique aqui .
Checklist para a véspera e o dia da cirurgia:
o Jejum. Para ver o tempo apropriado de jejum, clique aqui.
o Não ingerir bebidas alcóolicas na véspera da cirurgia
o Trazer todos os seus exames
o Trazer sua medicação habitual
o Vestir a meia anti-trombose
o Trazer a cinta/malha (caso não a tenha adquirido conosco)
o Trazer objetos de higiene pessoal (escova de dente, escova de cabelo, etc), chinelo e uma roupa confortável (blusas largas com botão na frente, calças largas) e fácil de vestir para quando for de alta
o Não levar jóias ou outros objetos de metal
o Tomar sua medicação normalmente com o mínimo de água (salvo se foi alertado algo ao contrário em consultas prévias)
o Internar 2h antes da cirurgia
Em geral, para esta cirurgia solicitam-se os seguintes exames: exames de sangue (hemograma, coagulograma, sódio, potássio, creatinina, glicemia, proteína C reativa, homocisteína, anticoagulante lúpico, ferritina), exame de urina, Raio-X de tórax e eletrocardiograma. Também é comum a solicitação do ultrassom de mamas.
Os seguintes exames são solicitados para descartar a presença de doenças específicas que podem causar a ginecomastia:
Uma vez que o aspecto nutricional é de grande relevância no paciente pós-bariátrico, recomenda-se que sejam colhidos os seguintes exames laboratoriais: Vitaminas B1, B6, B12, folato, cálcio, zinco, albumina, e as vitaminas A, D, E e K.
Nos casos de pseudoginecomastia, onde existe apenas acúmulo de gordura localizada sem a presença de aumento da glândula mamária, o tratamento indicado é a lipoaspiração .
Já a definição do tipo de cirurgia para o tratamento da ginecomastia verdadeira, onde existe aumento da glândula mamária, dependerá do tipo de ginecomastia apresentada. Uma das classificações mais úteis para definição do tipo de cirurgia será descrita a seguir, devendo ser salientado que os graus mais graves são mais comuns nos pacientes pós-bariátricos.
Grau I: Aumento do diâmetro e leve protrusão apenas da aréola.
Figura ilustrando a ginecomastia Grau I: Aumento do diâmetro e leve protrusão limitada à aréola.
Grau II: Aumento de volume de todos os componentes da mama, com a aréola localizada acima do sulco inframamário.
Figura ilustrando a ginecomastia Grau II: aumento de volume de todos os componentes da mama, com a aréola localizada acima do sulco inframamário.
Grau III: Aumento do volume mamário importante, ptose (queda) da mama e aréola na mesma altura ou até 1 cm abaixo do sulco inframamário.
Figura ilustrando a ginecomastia Grau III: aumento do volume mamário importante, ptose (queda) da mama, pequena redundância de pele e aréola na mesma altura ou até 1 cm abaixo do sulco inframamário.
Grau IV: Aumento do volume mamário importante, com redundância de pele, ptose (queda) grave da mama e a aréola localizada a mais de 1 cm abaixo do sulco inframamário.
Figura ilustrando a ginecomastia Grau IV: Aumento do volume mamário importante, com redundância de pele, ptose (queda) grave da mama e a aréola localizada a mais de 1 cm abaixo do sulco inframamário.
Na ginecomastia Grau I, a correção cirúrgica envolve a retirada da glândula mamária através de um corte que contorna a borda inferior da aréola, num formato semicircular. A lipoaspiração para esses casos em geral não é necessária.
Figura ilustrando o tratamento cirúrgico para a ginecomastia Grau I.
Na ginecomastia Grau II, a correção cirúrgica envolve a retirada da glândula mamária através de um corte que contorna a borda inferior da aréola, num formato semicircular, juntamente com a realização da lipoaspiração ao redor da aréola.
Figura ilustrando o tratamento cirúrgico para a ginecomastia Grau II.
Na ginecomastia grau III, a cirurgia começa com lipoaspiração e é seguida pela retirada da glândula mamária.
Um corte na forma de um círculo completo é realizada contornado a aréola e outro corte é feito na forma de um círculo maior, tendo a aréola como centro. A pele que se encontra entre os dois círculos é removida, permitindo a correção do excesso de pele.
Depois, a ferida é suturada usando-se uma técnica específica para que a pele fique junto da aréola.
Figura ilustrando o tratamento cirúrgico para a ginecomastia Grau III.
Na ginecomastia Grau IV, uma ressecção da mama em formato de T invertido, com migração da aréola para uma posição mais superior, é realizada, de forma semelhante à da cirurgia da mamoplastia feminina.
Figura ilustrando o tratamento cirúrgico para a ginecomastia Grau IV.
Outra forma de abordar a ginecomastia Grau IV é através de uma técnica chamada de pedículo inferior. Nesta técnica a pele ao redor da aréola é removida até o sulco mamário e a aréola fica quase toda solta, ficando apenas “presa” a um tecido profundo que conecta a aréola ao sulco mamário.
Este tecido profundo será o responsável pela circulação sanguínea da aréola e é chamado de pedículo. Uma vez o excesso de tecido mamário ressecado e a aréola quase que totalmente solta, uma abertura na pele é feita para a aréola ser reposicionada num local mais superior no tórax e a aréola é levada até essa posição por debaixo da pele.
A vantagem desta técnica é que não existe nenhuma incisão entre a aréola e o sulco mamário, ficando apenas cicatrizes no sulco mamário e ao redor da aréola.
Figura ilustrando as marcações para a cirurgia de ginecomastia Grau IV com a técnica do pedículo inferior.
Figura ilustrando o pedículo inferior sendo realizado na cirurgia da ginecomastia Grau IV.
Figura ilustrando o pedículo inferior completamente realizado na cirurgia da ginecomastia Grau IV.
Figura ilustrando a aréola sendo repocisionada numa posição mais acima por debaixo da pele na técnica da cirurgia da ginecomastia Grau IV.
Figura ilustrando a aréola já reposicionada numa posição mais acima do tórax na técnica da cirurgia da ginecomastia Grau IV.
Nas cirurgias para ginecomastia que envolvem incisões ao redor de toda a aréola, é importante levar em consideração na confecção da nova aréola que a aréola masculina não é completamente circular como a aréola feminina, porém oval, com cerca de 2 cm na vertical e 3 cm na horizontal, sendo que a posição ideal do mamilo é aproximadamente no centro do quadrante lateral e inferior da região peitoral. (3)
Em alguns pacientes, principalmente aqueles que perderam muito peso após a cirurgia bariátrica, pode haver a presença de flacidez e excesso de pele na região lateral das mamas se estendendo em direção para a axila. Nestes pacientes pode haver a necessidade de uma ampliação das incisões para remoção do excesso de pele nas laterais das mamas, sendo que o desenho das incisões realizadas lembra a figura de um “peixe”.
Figura ilustrando incisão com desenho de “peixe” para tratamento da ginecomastia no paciente pós-bariátrico.
Geral. Para maiores informações sobre anestesia, clique aqui .
Dependendo do porte cirúrgico, varia de 12h a 24 horas.
O tamanho da cicatriz é diretamente proporcional ao volume da mama e excesso de pele presente. Pacientes que apresentam ginecomastia Graus I ou II terão apenas uma pequena cicatriz na margem da parte inferior da aréola.
Pacientes com ginecomastia Grau III apresentarão uma cicatriz circular contornando toda a aréola.
Pacientes com ginecomastia Grau IV apresentarão uma cicatriz circular contornando toda a aréola assim como uma cicatriz no sulco mamário. Pacientes com excessos de pele na região lateral do tórax terão uma cicatriz que se estende além do sulco mamário.
Com o tempo a tendência é da cicatriz se tornar discreta.
Um curativo impermeável é colocado e permanecerá sem necessidade de troca por 1 semana, sendo realizados curativos simples nas 2 semanas seguintes, seguido do uso de uma placa de silicone por três meses.
É recomendado passar na pele um produto chamado bio-oil já nos primeiros dias após a cirurgia. Haverá uso de malha de compressão tipo colete nos primeiros 30 dias.
Muitas vezes esta cirurgia é feita com fios absorvíveis na pele, não havendo a necessidade de retirada de pontos. Eventualmente alguns pontos não absorvíveis poderão ser usados e serão retirados com 7 a 15 dias da cirurgia.
Um dreno poderá ser usado, o qual é comumente retirado 5 a 7 dias após a cirurgia.
Já é possível tomar banho no dia seguinte a cirurgia. Drenagens linfáticas são recomendadas no período pós-operatório. Alguns cuidados devem ser tomados para sair e se deitar na cama .
Orienta-se que o paciente pratique alguns exercícios respiratórios, para evitar complicações. Exercícios para ativar a circulação das pernas também são recomendados. Também se recomenda que o paciente faça uma alimentação balanceada .
Recomenda-se um repouso relativo por um período de aproximadamente 2 a 3 semanas. Neste período o(a) paciente deverá evitar esforços físicos, dirigir, expor-se desnecessariamente ao ambiente externo ou movimentar excessivamente os braços (além da altura do ombro). Também o paciente deve evitar dormir de bruços nos primeiros 30 dias.
Atividade física leve deve ser iniciada somente após 30 dias e atividades mais intensas após 2 a 3 meses. Exposição ao sol é apenas recomendada após 3 meses da cirurgia.
Pode haver inchaço, equimoses (pele de coloração roxa) e leve desconforto nas primeiras duas semanas. A cicatriz cirúrgica passa por diferentes fases:
A) Período imediato: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo.
B) Período mediato: Vai do 30º dia até o 12º mês. Neste período haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade de sua cor, passando de “vermelho” para o “marrom”, que vai, aos poucos, clareando.
C) Período tardio: Vai do 12º ao 18º mês. Neste período, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente.
O resultado definitivo da cirurgia é apenas obtido após 12 meses da cirurgia.
Em um grande estudo de revisão que contemplou 18 pesquisas científicas e 1654 pacientes, as complicações variaram de 0,06% a 26,67%.
Dentre as complicações citadas, encontram-se o seroma (acúmulo de líquido abaixo da pele), hematoma, infecção, sangramento, diminuição da sensibilidade, mamilo invertido, irregularidade de contorno, tecido mamário residual, cicatriz inestética e assimetria.
O percentual geral de reoperação variou entre os estudos de 0,6 a 25%. (5)
Em um grande estudo de revisão, os pesquisadores encontraram três pesquisas que avaliaram o impacto da cirurgia para o tratamento da ginecomastia na qualidade de vida dos pacientes. (6)
Em um destes estudos, os pesquisadores observaram que, antes do tratamento, quase todos os pacientes sentiam desconforto emocional; muitos pacientes tiveram dificuldade em entrar em novos relacionamentos sociais; alguns tiveram problemas com atividades recreativas, como esportes ou exposição na praia.
Após o tratamento cirúrgico, todos os pacientes experimentaram melhora do conforto emocional; quase todos (98%) experimentaram uma melhora significativa nas atividades diárias, e a maioria dos pacientes experimentou uma melhora na aceitação social. Todos os pacientes confirmaram que a cirurgia foi definitivamente a decisão certa a ser tomada.
Outro estudo encontrou achados semelhantes após a cirurgia de ginecomastia, relatando melhorias estatisticamente significativas na saúde geral, capacidade funcional, vitalidade, saúde mental e aspectos sociais. O terceiro estudo observou que 62,5% dos pacientes responderam estar muito satisfeitos ou satisfeitos após a realização da cirurgia.
1. Kanakis GA, Nordkap L, Bang AK, Calogero AE, Bártfai G, Corona G, Forti G, Toppari J, Goulis DG, Jørgensen N. EAA clinical practice guidelines-gynecomastia evaluation and management. Andrology. 2019 Nov;7(6):778-793. doi: 10.1111/andr.12636. Epub 2019 May
2. Knackstedt R, Oliver J, Gatherwright J. Evidence-Based Perioperative Nutrition Recommendations: Optimizing Results and Minimizing Risks. Plast Reconstr Surg. 2020 Aug;146(2):423-435. doi: 10.1097/PRS.0000000000007004. PMID: 32740600.
3. Kaoutzanis C, Schneeberger SJ, Wormer B, Song H, Ye F, Al Kassis S, Winocour J, Higdon K, Perdikis G. Current Perceptions of the Aesthetically Ideal Position and Size of the Male Nipple-Areola Complex. Aesthet Surg J. 2020 Apr 14;40(5):NP228-NP237. doi: 1
4. Hoyos AE, Perez ME, Domínguez-Millán R. Gynecomastia Treatment through Open Resection and Pectoral High-Definition Liposculpture. Plast Reconstr Surg. 2021 May 1;147(5):1072-1083. doi: 10.1097/PRS.0000000000007901. PMID: 33890890.
5. Prasetyono TOH, Budhipramono AG, Andromeda I. Liposuction Assisted Gynecomastia Surgery With Minimal Periareolar Incision: a Systematic Review. Aesthetic Plast Surg. 2021 Aug 11. doi: 10.1007/s00266-021-02520-z. Epub ahead of print. PMID: 34379157.
6. Fagerlund A, Lewin R, Rufolo G, Elander A, Santanelli di Pompeo F, Selvaggi G. Gynecomastia: A systematic review. J Plast Surg Hand Surg. 2015;49(6):311-8. doi: 10.3109/2000656X.2015.1053398. Epub 2015 Jun 7. PMID: 26051284.
Publicado em: 31/10/2022
Revisado em: 31/10/2022
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