Indicação Como se preparar para o procedimento Exames Pré-operatórios Como é o procedimento Anestesia Período de Internação Cicatriz Curativos Pontos Recuperação Pós-Cirúrgica Evolução Pós-Cirúrgica Outros Detalhes Riscos Potenciais Benefícios
A cirurgia de correção de cicatriz envolve a realização de um procedimento cirúrgico que visa substituir uma cicatriz que apresenta características estéticas desfavoráveis por uma nova cicatriz, mais fina e discreta.
As características de uma cicatriz ideal são:
1. Deve ser uma linha bem fina,
2. Deve ser paralela às dobras da pele,
3. Deve ter cor e contorno semelhantes à pele ao seu redor,
4. Não deve haver distorção da pele próxima,
5. Deve estar ao mesmo nível da pele,
6. Deve estar bem-posicionada.
Devido a fatores como abertura precoce de pontos, infecção, excesso de tensão, entre outros, uma cicatriz pode ficar muito larga, profunda ou com pequenas marcas. Nestes casos, uma nova cirurgia para refazer a cicatriz, reduzindo o seu alargamento e sua profundidade, poderá ser indicada. Em geral, deve-se aguardar que a cicatriz se torne completamente madura antes da realização de uma revisão da cicatriz, o que pode levar cerca de 12 meses. É importante dizer que, embora esta cirurgia possa resultar em uma cicatriz mais fina e menos profunda, uma cicatriz não pode ser completamente apagada.
Figura ilustrando cicatriz alargada com áreas de depressão e marcas.
A cirurgia de correção de cicatriz não é indicada para o tratamento do quelóide, que é uma cicatriz anormal com um crescimento exuberante para além das margens da lesão de pele original. Os quelóides exigem uma abordagem diferenciada e específica.
Figura ilustrando quelóide na região do tórax e pescoço, o qual necessita de tratamento específico.
O paciente deve passar em consulta com o dr. Juan Montano para avaliação. Caso a cirurgia possa ser realizada com anestesia local, não há necessidade da realização de exames pré-operatórios nem de jejum.
Entretanto, caso a cicatriz seja muito grande, poderá ser necessário a realização do procedimento em ambiente hospitalar sob anestesia local e sedação e realização prévia de exames pré-operatórios. O paciente precisará definir o hospital de sua escolha e data do procedimento para que o agendamento cirúrgico possa ser realizado. É necessário jejum antes da cirurgia no hospital.
Independentemente se a cirurgia será feita na clínica com anestesia local ou no hospital com anestesia local e sedação, haverá necessidade de evitar o uso de certos medicamentos que podem aumentar o risco de sangramento, como aspirina, cerca de 7 dias antes da cirurgia. Alguns medicamentos, como a sibutramina, precisam ser suspensos 15 dias antes da cirurgia. Para uma lista completa dos medicamentos a serem evitados, clique aqui .
Convém não fumar pelo menos 1 mês antes da cirurgia. Outras recomendações para a preparação para cirurgia podem ser obtidas aqui
Checklist para o dia da cirurgia (com anestesia local na clínica):
o Não há necessidade de jejum,
o Evite trazer jóias ou outros objetos de metal,
o Evite megahair ou qualquer aplique no cabelo/cílios,
o Vestuário: Recomenda-se o uso de roupas largas e confortáveis. Por exemplo, calça fácil de deslizar, camisa de botão e sapatos baixos.
o Jejum. Para ver o tempo apropriado de jejum, clique aqui.
o Não ingerir bebidas alcóolicas na véspera da cirurgia
o Trazer todos os seus exames
o Trazer sua medicação habitual
o Não levar jóias ou outros objetos de metal
o Não usar maquiagem/esmalte
o Não usar megahair ou qualquer aplique no cabelo/cílios
o Tomar sua medicação normalmente com o mínimo de água (salvo se foi alertado algo ao contrário em consultas prévias)
o Internar 2h antes da cirurgia
Caso a cirurgia seja feita na clínica com anestesia local, não há necessidade de exames pré-operatórios.
Já se a cirurgia será realizada em hospital com anestesia local e sedação, os seguintes exames costumam ser solicitados: exames de sangue (hemograma, coagulograma, sódio, potássio, creatinina, glicemia, proteína C reativa, homocisteína, anticoagulante lúpico), exame de urina, Raio-X de tórax e eletrocardiograma.
A técnica cirúrgica mais comum para a cirurgia de correção de cicatriz é a ressecção da cicatriz antiga na forma de um fuso de pele e confecção de uma nova cicatriz. (1) O tempo cirúrgico deste procedimento varia de 30 a 60 minutos.
Em casos específicos, podem ser indicadas a realização de uma zetaplastia ou Wplastia.
A zetaplastia é um procedimento que envolve a realização de uma incisão na forma de Z que permite o reposicionamento dos tecidos promovendo um alinhamento mais favorável da cicatriz final.
Figura ilustrando a realização da zetaplastia.
Já na Wplastia é realizada uma incisão na forma de um zigue-zague, a qual permite redistribuir qualquer tensão ao longo da cicatriz, visando a obtenção de uma cicatriz melhor.
Figura ilustrando a realização da Wplastia.
Caso a cicatriz seja pequena, pode ser feita a cirurgia apenas com anestesia local na clínica.
Já cicatrizes maiores são tratadas em ambiente hospitalar com anestesia local e sedação.
Para maiores informações sobre anestesia, clique aqui .
O(a) paciente permanece apenas o tempo necessário para realização do procedimento, recebendo alta na sequência, caso seja feita com anestesia local. Caso seja utilizada a anestesia local com sedação o tempo de internação é de cerca de 8h.
Uma nova cicatriz, mais fina e menos profunda, ficará presente no local da antiga cicatriz.
Um curativo com gaze fixada com micropore é colocado na região e permanece ali nos 3 primeiros dias, sendo depois trocado diariamente nos primeiros 7 dias. Ao trocar o curativo deve-se realizar higienização local com água e sabonete neutro e secar delicadamente a região com gaze sem friccionar. Colocar nova gaze, fixando-a com micropore.
A partir da segunda semana pós-operatória, um gel de silicone é recomendado.
Em geral são retirados entre o 5°e o 14° dia pós-operatório, dependendo da região do corpo que foi operada.
Dependendo do tamanho e da localização da cicatriz, a maioria dos pacientes pode voltar à sua rotina normal dentro de alguns dias a uma semana. É importante não colocar tensão na cicatriz para otimizar sua cicatrização.
O paciente deverá evitar movimentos excessivos próximos ao local da cirurgia, principalmente nas duas primeiras semanas após a cirurgia. Exposição ao sol do local da cirurgia é apenas recomendada após 3 meses da cirurgia.
Algum sangramento leve é comum nos locais de incisão nos primeiros dias após a cirurgia. Pode ocorrer inchaço e equimoses (pele de coloração roxa) na região nos primeiros 15 dias.
É possível que o paciente venha a sentir alguma dor ou coceira ao redor do local da incisão durante o processo de cicatrização. Isso é normal e irá resolver em algumas semanas.
A cicatriz cirúrgica passa por diferentes fases:
A) Período imediato: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo.
B) Período mediato: Vai do 30º dia até o 12º mês. Neste período haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade de sua cor, passando de “vermelho” para o “marrom”, que vai, aos poucos, clareando.
C) Período tardio: Vai do 12º ao 18º mês. Neste período, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente.
O resultado definitivo da cirurgia é apenas obtido após 12 meses da cirurgia.
Tratamentos complementares, como o uso do LASER ou dermoabrasão, podem eventualmente ser indicados para um melhor resultado final. (2)
Um estudo de revisão abordou as complicações da cirurgia de correção de cicatriz, mencionando como possíveis complicações: alargamento ou hipertrofia da cicatriz, hematoma, infecção, deiscência (abertura de pontos), hiperpigmentação e queloide. (1)
Um estudo contemplando 211 pacientes submetidos a cirurgia de correção de cicatriz avaliou o grau de satisfação dos pacientes. Cerca de 82% mencionaram estarem mais satisfeitos. (3)
1. Garg S, Dahiya N, Gupta S. Surgical scar revision: an overview. J Cutan Aesthet Surg. 2014 Jan;7(1):3-13. Doi: 10.4103/0974-2077.129959. PMID: 24761092; PMCID: PMC3996787.
2. Kadakia S, Ducic Y, Jategaonkar A, Chan D. Scar Revision: Surgical and Nonsurgical Options. Facial Plast Surg. 2017 Dec;33(6):621-626. doi: 10.1055/s-0037-1607446. Epub 2017 Dec 1. PMID: 29195243.
3. Miranda BH, Allan AY, Butler DP, Cussons PD. Scar Revision Surgery: The Patient’s Perspective. Arch Plast Surg. 2015 Nov;42(6):729-34. doi: 10.5999/aps.2015.42.6.729. Epub 2015 Nov 16. Erratum in: Arch Plast Surg. 2016 Jan;43(1):128-9. PMID: 26618120; PMC
Publicado em: 31/10/2022
Revisado em: 31/10/2022
Bichectomia
Blefaroplastia
Frontoplastia
Lip Lift
Lipoenxertia Facial
Mentoplastia
Otoplastia
Rinoplastia
Ritidoplastia (Lifting Facial)
Abdominoplastia e Mini abdominoplastia
Braquioplastia
Celulite
Cirurgia íntima
Cruroplastia
Gluteoplastia
Lipoaspiração e Lipoescultura
Onfaloplastia / Umbilicoplastia
Prótese de Panturrilha
Torsoplastia Alta e Baixa
Explante
Ginecomastia
Mamilos hipertrofiados
Mamilos invertidos
Mamoplastia de Aumento
Mamoplastia Redutora
Mastopexia (Lifting das Mamas)
O Paciente
Abdominoplastia
Mamoplastia
Cancer de pele
Cirurgia de Correção de Cicatriz
Lesão de pele
Lóbulo de orelha rasgado
Fios de sutura para lifting facial
Harmonização facial e MD codes
Preenchimento de rugas, sulcos e lábios
Rejuvenescinento das mãos
Rinomodelação
Skin Booster
Toxina Botulínica (Botox)
Este conteúdo é protegido por direitos autorais. Agradecemos sua compreensão e respeito pelos direitos autorais.